domingo, 11 de agosto de 2013

Agressivo Nadal muda parâmetros

Desde que voltou a competir, em fevereiro, Rafael Nadal tem prometido ser mais agressivo. No começo, sobre o saibro e sem o ritmo competitivo ideal, era mais difícil e vimos o tenista guerreiro de sempre. Mas já no saibro europeu foi possível ver que ele não estava brincando. O número maior de erros não forçados e de winners era um indicador claro que uma nova tática seria adotada, e isso ficou evidente em Roland Garros.

Quando chegou a Montreal, segundo torneio sobre piso sintético em 18 meses, parado desde a queda na estreia de Wimbledon, ele próprio admitia que não se poderia esperar muito. Que nada. Jogo após jogo, Nadal subiu de qualidade, derrotou o excelente sacador Jerzy Janowicz e ficou diante de um teste definitivo: o atual campeão, número 1 do mundo e especialista em pisos sintéticos Novak Djokovic.

E então Nadal foi mesmo outro. Jogou bem perto da linha de base, buscou paralelas, bateu o backhand, sacou muito bem, definitiu pontos na rede sempre que possível. Os números finais da partida são definitivos: Nadal fez 27 winners contra 21 e cometeu 44 erros diante de 36. 
Foi quem mais arriscou. Também acertou 70% do primeiro saque e venceu 71% desses pontos, alguns deles em momentos delicados.

Rafa não vencia Nole na quadra dura desde novembro de 2010, numa sequência de quatro derrotas. Também ainda não perdeu no piso sintético na temporada, com nove vitórias. Não quer dizer que seja agora o favorito absoluto nesse tipo de superfície ou para o US Open, mas é pelo menos tão candidato ao título quanto o próprio Djokovic e o atual vencedor Andy Murray, algo que não se poderia imaginar seis meses atrás.

Líder de títulos e finais na temporada – são sete troféus, dez decisões em onze torneios disputados -, Nadal soma 47 vitórias em 50 possíveis e abre nova vantagem no ranking da temporada. Antes mesmo da final de Montréal em cima de Milos Raonic, para quem nunca perdeu set em três jogos, ele já está mais de 1.000 pontos à frente de Djokovic, ou seja, um Cincinnati inteiro e meio US Open. O retorno à liderança fica mais palpável e cada vez mais merecido.

Bruno em Londres – Talvez a ATP demore mais algum tempo para confirmar, mas é 99% certo que Bruno Soares e Alexander Peya estarão no Finals de Londres, em novembro. A pontuação já garantida na temporada é muito superior ao que o sétimo classificado para Londres obteve nos três últimos anos. O mineiro também subirá ao quarto lugar do ranking e igualará Cássio Motta. Ou seja, vai estabelecendo novas marcas a cada grande torneio.

Só falta mesmo o primeiro título de Masters, que pode vir neste domingo em Montréal, onde a segunda melhor parceria da temporada é favorita diante de Andy Murray e Colin Fleming. Aliás, foi com Fleming que Bruno ganhou seu primeiro troféu da temporada e o único até aqui na quadra dura.

Fonte: http://tenisbrasil.uol.com.br/blogs/index.php/2013/08/11/agressivo-nadal-muda-parametros/

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