Claro
que ele esteve anos-luz de distância do tênis que lhe deu sete troféus de
Roland Garros e outros 29 títulos sobre a terra batida, mas basta olhar aquele
canhoto bater na bola e deslizar sobre a quadra para saber que o ‘rei do
saibro’ voltou. E com vontade de jogar.
Rafa
fez uns três ou quatro games tímidos contra o pouco experiente Federico
Delbonis, chegando a estar atrás no placar por 0/2. O saque estava sofrível, o
forehand curto, a fuga para fazer a bola de dentro para fora, muito lenta.
Era
mesmo uma questão de tempo. Foi pegando ritmo, vibrou ao conseguir a quebra e o
empate e, a partir do 5/3, já era um tenista muito diferente em quadra.
Dominando golpes de fundo, variando com deixadinhas e movimentação plena para
os lados. Ainda mostrou falhas, como a bola excessivamente curta, porém algo
totalmente previsível, além de evitar com clareza se arriscar em algumas
jogadas que exigiriam mais de seu físico.
O mais
interessante da estreia de Rafa em Viña del Mar foi perceber um pouco daquilo
que necessariamente deverá caracterizá-lo assim que estiver em total forma e
ritmo: saque mais forçado, tentativa de paralelas, procura por winners, pontos
mais curtos. Até mesmo no saibro. “Terei que jogar com mais coragem”, foi sua
definição antes da partida. Tomara!
O
agora número 5 do mundo vai ter um ótimo jogo de quartas de final para buscar
melhor ritmo, já que pega um compatriota sem grandes predicados, e pode ter um
teste real diante de Jeremy Chardy. E com a queda prematura de Juan Mónaco,
pode virar favorito ao título. Seria um retorno mais do que perfeito.
Esta
foi a 255ª vitória de Rafa sobre o saibro, onde conta apenas 19 derrotas. O
aproveitamento é de 93%. Duvido que tenha havido na história do tênis alguém
com maior domínio sobre uma superfície.
Estudo
importante
– Especialistas australianos publicaram um estudo nesta semana que é importante
para quem sofre do ‘tennis-elbow’, a epicondilite, ou seja, a inflamação no
tendão do cotovelo que ataca tenistas principalmente pela execução errada de
golpes.
Segundo
eles, o tratamento com injeções de corticóides não resolve o problema. Embora
isso alivie a dor no curto prazo, cerca de um ano depois a contusão volta e
pode ficar ainda mais grave. A recomendação é que o tratamento aconteça
principalmente com fisioterapia.
Fonte:
http://www.tenisbrasileiro.com.br/blogs/index.php/2013/02/06/o-rei-do-saibro-esta-de-volta/
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