Aquele que chegou todo cauteloso à Califórnia virou de repente
favorito para chegar a mais uma final de nível Masters. O outro, de quem
se apostava até mesmo o título, sai da luta de forma melancólica e
deixa dúvidas para o restante da temporada. Indian Wells pode significar
uma mudança radical no circuito masculino.
Rafael Nadal não está apenas recuperado de qualquer problema no joelho, como também readquiriu seu melhor tênis. Talvez ainda lhe falte um pouquinho de pernas para fugir mais constantemente da esquerda e executar seu temido forehand, que sempre foi sua marca registrada, mas no geral ninguém pode dizer que Rafa não esteja muito bem tecnica e fisicamente.
Em que pese a atuação sofrível e claramente limitada de Federer, é fundamental observar como esteve afiado o backhand de Nadal, o que também aconteceu em boa parte da partida contra Ernests Gulbis. Talvez o fato de não poder fugir tanto como antes tenha forçado o espanhol a treinar mais o golpe, que nunca pareceu tão solto, preciso e forte. Um gráfico durante a partida mostrava que o backhand de Nadal era bem mais veloz do que o do suíço.
Esse conjunto de fatores torna obviamente o espanhol como maior candidato à final de Indian Wells em sua partida de sábado diante do tcheco Tomas Berdych. Ainda que o número 6 do mundo esteja em grande fase, carrega uma série de 11 derrotas diante de Nadal nos últmos sete anos. E vai encontrar Rafa no seu estágio mais perigoso: totalmente confiante.
Há pouco o que falar sobre a atuação de Federer. Teve raros momentos de lucidez, salvando-se no começo com o saque mas muito limitado até mesmo no deslocamento lateral. Fez subidas pífias à rede, como para encurtar pontos e tentar forçar o erro adversário, e acumulou erro atrás de erro, de todas as espécies. Seu melhor momento foram dois games bem disputados já quando tinha 0/3 no segundo set, em que enfim conseguiu ser agressivo. Mas suas bolas estavam desanimadoramente curtas, sem peso, descalibradas. Diante de Nadal, não haveria mesmo muito o que fazer.
Essa imagem desoladora encerra a primeira parte de sua temporada, que convenhamos não foi grande coisa. Fará agora uma longa parada de dois meses até Madri, mas é difícil imaginar que terá sucesso no saibro europeu com o grande retorno de Nadal e a excelente forma de Novak Djokovic.
É bem provável que use sua experiência e incomparável capacidade técnica para se preparar para a grama, que parece mais do nunca seu maior reduto.
Fonte: http://www.tenisbrasileiro.com.br/blogs/index.php/2013/03/15/nadal-vira-favorito-federer-repensa-temporada/
Rafael Nadal não está apenas recuperado de qualquer problema no joelho, como também readquiriu seu melhor tênis. Talvez ainda lhe falte um pouquinho de pernas para fugir mais constantemente da esquerda e executar seu temido forehand, que sempre foi sua marca registrada, mas no geral ninguém pode dizer que Rafa não esteja muito bem tecnica e fisicamente.
Em que pese a atuação sofrível e claramente limitada de Federer, é fundamental observar como esteve afiado o backhand de Nadal, o que também aconteceu em boa parte da partida contra Ernests Gulbis. Talvez o fato de não poder fugir tanto como antes tenha forçado o espanhol a treinar mais o golpe, que nunca pareceu tão solto, preciso e forte. Um gráfico durante a partida mostrava que o backhand de Nadal era bem mais veloz do que o do suíço.
Esse conjunto de fatores torna obviamente o espanhol como maior candidato à final de Indian Wells em sua partida de sábado diante do tcheco Tomas Berdych. Ainda que o número 6 do mundo esteja em grande fase, carrega uma série de 11 derrotas diante de Nadal nos últmos sete anos. E vai encontrar Rafa no seu estágio mais perigoso: totalmente confiante.
Há pouco o que falar sobre a atuação de Federer. Teve raros momentos de lucidez, salvando-se no começo com o saque mas muito limitado até mesmo no deslocamento lateral. Fez subidas pífias à rede, como para encurtar pontos e tentar forçar o erro adversário, e acumulou erro atrás de erro, de todas as espécies. Seu melhor momento foram dois games bem disputados já quando tinha 0/3 no segundo set, em que enfim conseguiu ser agressivo. Mas suas bolas estavam desanimadoramente curtas, sem peso, descalibradas. Diante de Nadal, não haveria mesmo muito o que fazer.
Essa imagem desoladora encerra a primeira parte de sua temporada, que convenhamos não foi grande coisa. Fará agora uma longa parada de dois meses até Madri, mas é difícil imaginar que terá sucesso no saibro europeu com o grande retorno de Nadal e a excelente forma de Novak Djokovic.
É bem provável que use sua experiência e incomparável capacidade técnica para se preparar para a grama, que parece mais do nunca seu maior reduto.
Fonte: http://www.tenisbrasileiro.com.br/blogs/index.php/2013/03/15/nadal-vira-favorito-federer-repensa-temporada/
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