sexta-feira, 19 de abril de 2013
Ao vencedor, a história. Ao perdedor, o futuro.
Seria o verdadeiro “batismo” do jovem Grigor Dimitrov como um dos grandes nomes do tênis na atualidade. Uma vitória sobre Rafael Nadal em Monte-Carlo, quebrando uma sequência de 44 vitórias do espanhol, mudaria de vez o patamar do búlgaro. A condição de “promessa” ficaria definitivamente pra trás. Frases como “Ele tem muito futuro” deixariam de ser repetidas a cada grande atuação de Grigor. Porém, o búlgaro de 21 anos terá que esperar um pouco mais para se tornar realidade. Ele mostrou-se capaz de endurecer ao máximo uma partida contra Nadal no saibro. Mas para vencê-lo ainda falta mais alguns degraus na sua evolução. E isto ficou claro nos momentos finais da partida. Ali, a qualidade pesa menos que a confiança.
Quando sacou em 4/4 no 3º set, Dimitrov cometeu erros, sentiu cãibras e teve até uma corda da raquete quebrada. A cada ponto perdido, a sua expressão facial ia demonstrando mais tensão. No fim, já não escondia a pressão daquele momento. Baixava a cabeça até quando fazia uma jogada sensacional. Algo absolutamente normal. O “anormal”, neste caso, é o nível de concentração de gigantes como Novak Djokovic, Roger Federer e, claro, Rafael Nadal. Depois da quebra, o espanhol soltou um grito para a quadra inteira ouvir. Sabia que havia ganho o jogo ali. Todos na arquibancada também sabiam disso. Inclusive, Dimitrov.
Antes de chegar naquela situação decisiva, os dois viverem momentos de altos e baixos na partida. Nadal venceu o 1º set com facilidade por 6/2 e acabou surpreendido no segundo, quando Dimitrov “entrou no jogo” e atropelou o espanhol, devolvendo o 6/2. O 3º set seguiu com o búlgaro tendo muito mais facilidade para confirmar os seus serviços. Ficava no ar a dúvida se ele conseguiria manter o nível dos saques na reta final do set. Não conseguiu.
No último game da partida, Dimitrov ainda conseguiu salvar um match point - com uma paralela sensacional – e pressionar Nadal com um 40/40. Parou por aí. Um erro do búlgaro seguido por um ace do espanhol colocou um ponto final nas pretensões do jovem tenista, que esteve perto de fazer história e acabou virando coadjuvante na história de Rafael Nadal em Mônaco. Dimitrov virou estatística. O 47º adversário derrotado em 48 jogos de Nadal em Monte-Carlo. A 45ª vitória consecutiva. Agora faltam mais duas (a semifinal será contra Tsonga) para o 9º título. Uma sequência de conquistar que nenhum tenista conseguiu na Era Profissional.
Para Dimitrov, o consolo mais uma vez veio com palavras e projeção de um grande futuro. ”Dos que estão vindo, Dimitrov é um dos melhores. Destinado a ser número um…só não sei quando”, afirmou ninguém menos que Rafael Nadal.
Fonte: http://www.redetenis.com.br/no-mundo/ao-vencedor-a-historia-ao-perdedor-o-futuro/
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