Rafael Nadal impressiona. Por sua história e, especialmente, pelo seu
momento. Suas últimas atuações no ATP 500 de Barcelona foram a prova
(mais uma…) de que os sete meses afastado do tênis são página virada.
Não há como pensar que ele poderia ter feito melhor do que fez. Nos dois
jogos na sexta-feira, precisou de apenas 2h35 para vencer nas oitavas e
nas quartas de final. Primeiro bateu Paire por 7/6 e 6/2. Descansou um
pouco, voltou para a quadra e atropelou Albert Ramos por 6/3 e 6/0. No
sábado, na semifinal, começou sendo quebrado pelo canadense Milos
Raonic. Dos 14 games seguintes, só perdeu dois: 6/4 e 6/0. A 39ª vitória
consecutiva no saibro da Cataluña. A oitava decisão em oito anos. Entre
Nadal e o oitavo título está o compatriota Nicolas Almagro – que
arrasou o alemão Phillip Kolhschreiber em apenas 52 minutos na semifinal
(6/2 e 6/1). Com todo respeito possível, um freguês histórico.
Impossível dizer outra coisa diante do retrospecto entre os dois: 9
jogos, 9 vitórias de Rafa e apenas dois sets perdidos. Como imaginar que
desta vez será diferente?
Cada vitória de Nadal, sobretudo no temporada do saibro, vem
acompanha de números “gigantescos”. Ele amanhã pode conseguir o 39º
título nesta superfície dentro do circuito da ATP. Acima dele, apenas o
austríaco Thomas Muster (40) e o argentino Guillermo Vilas (46). Um
recorde com os dias contados. Em toda a sua carreira, considerando todos
os tipos de quadra, o espanhol alcançou a 608ª vitória, empatando com o
sueco Bjorn Borg na 19ª posição entre os tenistas que mais venceram. Se
passar por Almagro, se iguala ao russo Kafelnikov. Esta será a sua 77ª
final. Até aqui, conquistou 53 títulos e ficou com o vice-campeonato 23
vezes.
Mas, como está escrito no início do texto, mais do que a história é o
momento que impressiona. Os sete meses afastado depois da cirurgia no
joelho e os vários adiamentos para o seu retorno haviam criado uma
grande interrogação sobre o futuro de Nadal. A resposta é dada a cada
jogo. Em 2013, Nadal distou seis torneios – incluindo Barcelona – e
chegou a final em todos eles. Foi vice no ATP de Viña del Mar, que
marcou a sua reestreia (perdendo a final para o argentino Horacio
Zeballos) e no Masters 1.000 de Monte Carlo (derrotado pelo número 1 do
mundo, Novak Djokovic); e conquistou o título nos ATPs de São Paulo e
Acapulco e no Masters de Indian Wells. Na temporada, são 27 partidas e
25 vitórias. Um detalhe, nos 25 jogos em que venceu, perdeu apenas cinco
sets.
A final do ATP 500 de Barcelona está marcada para às 11h deste domingo.
Fonte: http://www.redetenis.com.br/no-mundo/nadal-diante-do-fregues-almagro-na-final-em-barcelona/
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