O tio e treinador de Rafael Nadal, Toni Nadal, conversou com o programa esportivo El Larguero, da cadeia de rádios espanholas SER
e comentou o período de sete meses de dúvidas e sofrimento passados
pela equipe e o tenista. Toni confessou que as esperanças de vencer um
Masters já não existiam.
Toni, que não acompanhou Rafa durante a
campanha na Califórnia, contou que esteve em Barcelona e que pouco
acompanhou os jogos do sobrinho pela TV. "Não gosto de acompanhar assim,
prefiro na quadra, onde posso sentir o que acontece", disse.
O treinador disse que ficou na Espanha, pois provavelmente acompanharia o
sobrinho em Miami. "Não sabíamos se íamos a Indian Wells ou Miami,
então tudo foi uma surpresa", comentou em referência a boa campanha do
sobrinho. Para Toni não só a chegada à final foi uma surpresa: "o joelho
teve um bom desempenho, o permitiu correr. Então, tudo isso junto nos
foi uma grande surpresa. Principalmente o conquistar o título",
confidenciou.
Tio Toni contou o momento de provação passado por Rafa, ele e toda a
equipe: "A vida nos impôs uma prova realmente dura. Estava há sete meses
fora da competição, cheio de dúvidas, sem luz. No final valeu a pena,
pois a vitória de ontem (domingo) é uma recompensa do sofrimento destes
meses".
Perguntado se tiveram dúvidas sobre se não seria como antes, o treinador
respondeu de forma afirmativa: "Claro. Tivemos dúvidas, acho que somos
muitos os que temos dúvidas nessa vida. Tenho dúvidas de quando tudo vai
bem e também quando as coisas vão francamente mal. Pensávamos que não
voltaríamos, nunca mais, a levantar uma taça deste nível (Masters) com
Rafael, mas olha: estou muito contente pela vitória".
O tio de Rafael Nadal
comentou que o pior período para a equipe foi novembro de 2012:
"Parecia que não sairia da lesão, a situação estava muito feia. Fomos
vendo que a recuperação não chegava e que ficava mais distante o retorno
às quadras. Nestes momentos tinhamos dúvidas de tudo".
Toni contou que, obviamente, quem mais sofreu no processo de recuperação
foi Rafael. Segundo o tio do natural de Manacor, ver a evolução dos
rivais e como o circuito era jogado sem ele foi "doído". Para Toni o
fato de não ir às Olimpíadas e ainda ter os retornos frustrados ao US Open
e ao ATP Finals entristeciam o sobrinho. "Por falta de sorte não
conseguimos ir a Austrália também, então é normal que um jovem como
Rafael fique impaciente", resumiu.
Fonte: http://tenisnews.band.uol.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=53235
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