Não foi o melhor dos clássicos entre Federer x Nadal. No ano passado,
também em Indian Wells, pelo vento e interrupções de chuva, também não
havia sido.
Um dos motivos principais foi o de Roger Federer, que não se
encontrava nas melhores condições, mas uma declaração dele na coletiva
de imprensa expressa bem o quão sofre com Rafael Nadal e o quão bom o
espanhol é e está: “Minhas costas estavam iguais ao do jogo contra o
Stan (Wawrinka). Eu podia jogar, estava feliz por ser capaz de competir.
Mas obviamente é um problema pequeno e não funcionou contra caras como o
Rafa”.
Notadamente Federer não se mexia bem na segunda etapa, seu saque não
funcionara no primeiro set e acabou sendo preso fácil para Nadal. Só não
levou um pneu pois lutou e foi buscar dois games.
Dores nas costas afetam sobretudo seu serviço. Não é de hoje que
Roger vem sentindo esse problema. Tenho notado que ao longo deste começo
do ano o serviço não está sendo demolidor, a força tem diminuído e esse
é um dos fatores para que ele se torna mais vencível.
Aquele papo de Nadal que jogar o favoritismo pro outro lado é balela,
ele sempre faz isso. No fundo, Rafa sabe que está confiante, mas joga
com a tática de colocar pressão no adversário. Com certeza ele deve se
sentir menos pressionado assim, mas é um bom argumento no momento já que
ele está retornando após um ano fora do piso rápido e Federer, no caso,
era o atual campeão do torneio.
O que é enfático é que Nadal está jogando um tênis bem agressivo e
veloz na superfície dura. Ele está indo pras bolas e com a sequência de
vitórias, sobretudo o último triunfo sobre o talentoso Gulbis, os golpes
entram e o mental sai fortalecido. O que foi mais enfático e importante
para Nadal deste jogo é sua resposta do joelho. Havia feito um jogo
duro de 2h30 e no dia seguinte estava recuperado e pronto para jogar um
tênis de primeira linha e literalmente dominar seu maior rival. Que me
desculpe os fãs de Federer, mas mesmo que estivesse em boas condições,
seria muito difícil ganhar do Nadal. Ele dominou o suíço.
Nadal, nesse retorno, já venceu
David Nalbandian, Nicolas Almagro, David Ferrer e agora Roger Federer
todos sem perder sets. Adversários ou do top 5 ou de respeito. Dá pra
dizer que é o retorno ideal ? Eu vejo que sim. Tudo planejado para ir
passo a passo dos eventos mais fracos em progressão aos mais fortes e os
que causam dano ao joelho.
O retorno perfeito seria a coroação com o título em Indian Wells em cima de Novak Djokovic.
No momento, pelo nível de atuações, vejo que essa possibilidade não é
pedir demais. Mas caso ela não venha e Rafa perca para Berdych ou numa
eventual decisão contra quem for, posso classificar como surpreendente e
ideal a volta do espanhol. Que ele continue assim, o tênis agradece.
Federer sai de férias. Ele não joga Miami e nem
Monte Carlo. Pelo menos assim é o calendário programado do suíço, tirar
60 dias de descanso e para se preparar pros eventos no saibro. Ele
completará quase nove meses sem títulos fazendo assim seu segundo maior
jejum de títulos da carreira. O maior havia sido de dois anos entre
fevereiro de 2001, em Milão, até janeiro de 2002 quando ganhou Sydney. É
o único top 5 sem canecos este ano. A última conquista foi em meados de
agosto com o troféu em Cincinnati.
E o dia no feminino foi péssimo. Os dois jogos de quartas com
vitórias em WO. Azarenka jogou quatro torneios no ano, venceu Australian
Open e Doha e abandonou nas semis de Brisbane e agora quartas em Indian
Wells. Segue “invicta” com 17 vitórias e nenhuma derrota. Tanto para
ATP quanto WTA, os Wos não contam como um jogo, logo ela ainda não
perdeu…
Possíveis mudanças no ranking
Enquanto isso poderemos ter mudanças no ranking essa semana. Se
Sharapova vencer esta madrugada e fizer final, desbancará a bielorussa e
será Nº 2.
No masculino, Murray vencendo mais duas e fazendo final jogará
Federer pro terceiro lugar e se Nadal ganhar o torneio passará Ferrer e
será top 4.
Fonte: http://blogs.lancenet.com.br/tenis/2013/03/15/o-retorno-ideal-de-nadal/
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