Dois jogadores entraram no Masters 1000 de Cincinnati, nos EUA,
querendo recordes: o número um do mundo, Novak Djokovic, se tornaria o
único tenista a vencer todos os torneio da segunda série mais importante
do tênis caso levasse a taça; já Rafael Nadal poderia chegar ao recorde
de títulos de Masters em apenas um temporada, igualando os cinco
títulos do próprio Djokovic em 2011. Neste domingo, a glória acabou indo
para o espanhol, que bateu o gigante americano John Isner (2,08 m) e
conquistou seu 26° título da série na carreira - o primeiro em
Cincinnati.
O triunfo veio em sets diretos: 2 a 0, parciais de 7-6(8) e 7-6(3).
Nadal é o maior campeão de Masters 1000 da história: o título nos EUA
fez o espanhol abrir 5 de vantagem para Roger Federer, que ganhou 21.
O título também fez Nadal voltar ao número dois no ranking da ATP,
melhor posição desde que voltou de cirurgia no joelho, no início deste
ano. Em 2013, ele lidera a corrida para o Finals, após conquistar nove
títulos, incluindo um Grand Slam - Roland Garros - e os cinco Masters:
Cincinnati, Indian Wells, Madrid, Montreal e Roma.
Já Isner não pode reclamar do resultado: além de ter feito jogo duro
com um dos melhores tenistas e todos os tempos, teve a oportunidade de
disputar uma final de Masters 1000 em casa (apenas a segunda na careira,
já que só havia jogado a decisão de Indian Wells, em 2012, quando
perdeu para Federer), e subirá no ranking, voltando ao top 20, em 14°.
A decisão
John já havia enfrentado Nadal três vezes, e perdido todas. Desta vez,
porém, contava com a torcida a seu favor, e vinha embalado por ter se
tornado, em Cincinnati, o primeiro tenista a vencer três top 10 do mundo
em seguida (Milos Raonic, Djokovic e Del Potro) desde 2006.
No primeiro set, esse embalo o colocou no jogo. Forçando mais, ao seu
estilo, levou o set até o tie-break, e foi o único a ter chance de
quebra: quando Nadal sacava com 6-5 contra, Isner teve dois set-points,
mas o espanhol salvou ambos.
Isner teve 27 winners contra 12 de Nadal, porém teve 19 erros
não-forçados, contra apenas oito do espanhol, mostrando o quanto
arriscou mais o jogo. Só que nada disso fez diferença no tie-break. Na
hora da decisão, a frieza de Nadal o fez aproveitar a terceira chance de
fechar: 10 a 8 e set para o espanhol.
A derrota não abalou o americano, que continuou forçando o jogo no
segundo set e novamente foi o único a ter chance de break-point durante o
set - no sétimo game.
A partida estava tão igual que, até o empate em 6 a 6, até o
aproveitamento de primeiro serviço era idêntico: 76% a 76%. Só que Nadal
mostrou cedo no tie-break que, na hora da decisão, seria preciso algo a
mais do americano: fez o primeiro mini-break logo no primeiro saque de
Isner.
Logo depois, novo mini-break, para abrir 5 a 1. Não havia mais como
Isner virar, independentemente da tentativa de apoio da torcida. Nadal
fez 7 a 3, vibrou na quadra de Cincinnati, igualou a marca de Djokovic e
levantou a taça pela 26ª vez em Masters 1000.
Fonte: http://esporte.uol.com.br/tenis/ultimas-noticias/2013/08/18/nadal-bate-gigante-quebra-tabu-em-cincinnati-e-vence-26-masters-1000.htm
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