domingo, 27 de janeiro de 2013

Porque assistir Federer, Murray e Djokovic faz você sentir falta de Nadal.

Cena 1

Novak Djokovic, Roger Federer, Andy Murray e David Ferrer.

Espera... Isso não está certo. David Ferrer vs Novak Djokovic nunca parece muito com um jogo (o 6-2, 6-2 e 6-1 placar não obstante) Sem desrespeito a Ferrer - ele vai ser o número 4 do mundo e é provavelmente o melhor retriever no negócio, mas ele não é páreo para Djokovic; ele não é páreo para Djokovic no seu melhor; e ele certamente não tem armas para ferir Djokovic.


Cena 2

Novak Djokovic, Roger Federer, Andy Murray e Rafael Nadal.
Agora, isso é como deve ser. Parece apenas mais completo. O top 4... A semifinal “alinhada”... Jogadores em igualdade... Diversão... Glória... Fúria. Esse é o épico alinhamento que todos nós estamos acostumados a ver. Esse é o alinhamento que garante a qualidade em uma época que se há poucas garantias. Rafael Nadal esteve longe por muito tempo. A falta dele é sentida.

Faça a sua escolha? O que você prefere? É uma pergunta retórica que todos sabemos a resposta.

Nadal nunca foi o meu jogador favorito. Ele nunca teve a elegância de Roger Federer ou o jogo que Djokovic ostenta esses dias. Andy Murray nunca foi alguém que eu gostasse ou odiasse, ele simplesmente estava lá – uma presença que não foi muito notada até o final de 2012.

Mas Nadal com o seu bruto jogo muscular e intensidade foi o arqui-rival e a anti-tese para os outros três. Ele foi o homem capaz de pressionar e empurrar Federer e Djokovic. Ele foi capaz de trazer o melhor em seus jogos e ainda sim jogá-lo de volta para eles tirando um certo proveito, ele iria lutar por cada ponto mesmo quando a maioria pensa que já não daria mais e ele era um south paw, um canhoto.

E de alguma forma, ele trouxe tudo isso junto, ele trouxe todos juntos e ele os vence. Dos quatro, ele é o único com um recorde de vitórias contra cada um dos outros três. E isso lhe diz alguma coisa.

Quando Federer estava no auge de seus poderes – apenas um homem no mundo levantou-se e encarou-o. Começou em Roland Garros e no saibro, mas logo ele começou a dominar Federer nas outras superfícies também. Eles se enfrentaram 28 vezes, e Nadal lidera o confronto direto 18-10 e 8-2 em torneios de Grand Slam.

Contra Djokovic – a rivalidade tem sido muito mais igualada e no último ano, talvez tenha sido dominada pelo sérvio. Federer estava velho, mas Djokovic é quase da mesma idade que Nadal. Djokovic e Nadal se enfrentaram 33 vezes (o que é o sexto maior confronto direto da Era Aberta) com Nadal tendo uma vantagem de 19-14.

Andy Murray recentemente se juntou à equipe de vencedores de Grand Slam, mas se havia uma razão para ele não ter feito isso antes, então era provavelmente Nadal. Nadal e Murray se enfrentaram em 18 ocasiões desde 2007, com Nadal liderando 13-5. Em Grand Slams, Nadal lidera 6-2 (3-0 em Wimbledon, 1-0 em Roland Garros, 1-1 no Aberto da Austrália & 1-1 no Aberto dos Estados Unidos) e sempre que Murray venceu Nadal, ele em seguida enfrentava Federer. Má sorte, mas você tem que vencer o melhor.

O grupo de homens é incrivelmente talentoso – Tsonga, Del Potro, Ferrer, Gasquet, Tipsarevic, Berdych compõem o top 10. Mas nesse mesmo grupo, os quatro primeiros se mantêm de cabeça e ombros acima do resto. A intensidade deles e o foco mental significa que eles não “escorregam”, a não ser que seus oponentes joguem algo fora desse mundo.

Por conta própria, Federer, Murray e Djokovic são bastante capazes de criar magia, mas com Nadal do outro lado, a escala épica apenas parece muito maior. Inadvertidamente, todos eles devem estar muito felizes de não tê-lo do outro lado – mas como campeões eles sempre almejam desafios. E Nadal não é nada se não for isso – sempre o desafiador, sempre empurrando os limites, sempre empurrando a si mesmo ao ponto de ruptura.

Talvez seja por isso que sentimos tanto a sua falta.

P.S Nadal anunciou que ele voltará à ativa em meados de fevereiro, mas isso é muito longo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário