Novak Djokovic, Roger Federer,
Andy Murray e David Ferrer.
Espera... Isso não está certo.
David Ferrer vs Novak Djokovic nunca parece muito com um jogo (o 6-2, 6-2 e 6-1
placar não obstante) Sem desrespeito a Ferrer - ele vai ser o número 4 do mundo
e é provavelmente o melhor retriever no
negócio, mas ele não é páreo para Djokovic; ele não é páreo para Djokovic no
seu melhor; e ele certamente não tem armas para ferir Djokovic.
Cena 2
Novak Djokovic, Roger Federer,
Andy Murray e Rafael Nadal.
Agora, isso é como deve ser.
Parece apenas mais completo. O top 4... A semifinal “alinhada”... Jogadores em
igualdade... Diversão... Glória... Fúria. Esse é o épico alinhamento que todos
nós estamos acostumados a ver. Esse é o alinhamento que garante a qualidade em
uma época que se há poucas garantias. Rafael Nadal esteve longe por muito
tempo. A falta dele é sentida.
Faça a sua escolha? O que você
prefere? É uma pergunta retórica que todos sabemos a resposta.
Nadal nunca foi o meu jogador
favorito. Ele nunca teve a elegância de Roger Federer ou o jogo que Djokovic
ostenta esses dias. Andy Murray nunca foi alguém que eu gostasse ou odiasse,
ele simplesmente estava lá – uma presença que não foi muito notada até o final
de 2012.
Mas Nadal com o seu bruto jogo
muscular e intensidade foi o arqui-rival e a anti-tese para os outros três. Ele
foi o homem capaz de pressionar e empurrar Federer e Djokovic. Ele foi capaz de
trazer o melhor em seus jogos e ainda sim jogá-lo de volta para eles tirando um
certo proveito, ele iria lutar por cada ponto mesmo quando a maioria pensa que
já não daria mais e ele era um south paw,
um canhoto.
E de alguma forma, ele trouxe
tudo isso junto, ele trouxe todos juntos e ele os vence. Dos quatro, ele é o
único com um recorde de vitórias contra cada um dos outros três. E isso lhe diz
alguma coisa.
Quando Federer estava no auge
de seus poderes – apenas um homem no mundo levantou-se e encarou-o. Começou em
Roland Garros e no saibro, mas logo ele começou a dominar Federer nas outras
superfícies também. Eles se enfrentaram 28 vezes, e Nadal lidera o confronto
direto 18-10 e 8-2 em torneios de Grand Slam.
Contra Djokovic – a rivalidade
tem sido muito mais igualada e no último ano, talvez tenha sido dominada pelo
sérvio. Federer estava velho, mas Djokovic é quase da mesma idade que Nadal.
Djokovic e Nadal se enfrentaram 33 vezes (o que é o sexto maior confronto direto
da Era Aberta) com Nadal tendo uma vantagem de 19-14.
Andy Murray recentemente se
juntou à equipe de vencedores de Grand Slam, mas se havia uma razão para ele
não ter feito isso antes, então era provavelmente Nadal. Nadal e Murray se
enfrentaram em 18 ocasiões desde 2007, com Nadal liderando 13-5. Em Grand
Slams, Nadal lidera 6-2 (3-0 em Wimbledon, 1-0 em Roland Garros, 1-1 no Aberto
da Austrália & 1-1 no Aberto dos Estados Unidos) e sempre que Murray venceu
Nadal, ele em seguida enfrentava Federer. Má sorte, mas você tem que vencer o
melhor.
O grupo de homens é incrivelmente
talentoso – Tsonga, Del Potro, Ferrer, Gasquet, Tipsarevic, Berdych compõem o
top 10. Mas nesse mesmo grupo, os quatro primeiros se mantêm de cabeça e ombros
acima do resto. A intensidade deles e o foco mental significa que eles não “escorregam”,
a não ser que seus oponentes joguem algo fora desse mundo.
Por conta própria, Federer,
Murray e Djokovic são bastante capazes de criar magia, mas com Nadal do outro
lado, a escala épica apenas parece muito maior. Inadvertidamente, todos eles
devem estar muito felizes de não tê-lo do outro lado – mas como campeões eles
sempre almejam desafios. E Nadal não é nada se não for isso – sempre o
desafiador, sempre empurrando os limites, sempre empurrando a si mesmo ao ponto
de ruptura.
Talvez seja por isso que
sentimos tanto a sua falta.
P.S Nadal anunciou que ele
voltará à ativa em meados de fevereiro, mas isso é muito longo.
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