Desde que se recuperou de lesão, espanhol venceu 43 de 45 jogos possíveis
Durante sete meses - de julho do ano passado a janeiro deste ano -,
Rafael Nadal conviveu com dores no joelho direito e incertezas a
respeito de seu futuro. Afastado do circuito, trocou as raquetes pela
paciência. Perdeu pontos, caiu para o quinto lugar do ranking e se viu
sem ter como dar uma resposta aos que questionavam: "Será que ele vai
voltar como antes?". O oitavo título de Roland Garros, conquistado no
domingo no quintal de sua casa - a quadra Philippe Chatrier -, dissipou
qualquer dúvida. E coroou um retorno avassalador do espanhol, pontuado
por um incrível retrospecto de 43 vitórias em 45 jogos desde o ATP 250
de Viña del Mar, no Chile, em fevereiro, que marcou seu retorno às
quadras.
Ao superar na final de Roland Garros seu compatriota
David Ferrer por 3 sets a 0 (6/3, 6/2 e 6/3), Nadal se tornou o primeiro
tenista da história a ganhar um título de Grand Slam em oito
oportunidades. E escreveu um capítulo tão brilhante quanto emocionante,
que o levou a ficar com os olhos marejados enquanto o velocista
jamaicano Usain Bolt o entregava o troféu.
Afinal, chegar até ali não fora fácil. A surpreendente derrota para o
tcheco Lukas Rosol na segunda rodada de Wimbledon, no ano passado,
mostrou um Nadal claramente limitado pelas dores no joelho. Duas semanas
antes, um último esforço o levara ao sétimo título de Roland Garros.
Mas após Londres, o diagnóstico era claro: o momento era de parar e
tratar. Uma decisão difícil, que significaria ao tenista abrir mão dos
Jogos Olímpicos de Londres - ele seria o porta-bandeira da Espanha - do
US Open, do ATP Finals e da Copa Davis.
A data de seu retorno virou uma novela na virada do ano. Ainda longe de
sua melhor condição física, Nadal preferiu pular também o Australian
Open, em janeiro. E escolheu, em fevereiro, o pequeno ATP 250 de Viña
del Mar, no Chile, em quadras de saibro, para jogar outra vez. No
início, as pernas pareciam presas e o tenista tinha dificuldades para se
movimentar. Ainda assim, chegou à final, quando foi superado pelo
argentino Horacio Zeballos.
Dali em diante, o que se viu foi um Nadal arrasador. Até Roland Garros,
foram seis títulos em mais sete torneios: São Paulo, Acapulco, Indian
Wells (o primeiro em quadra dura), Barcelona, Madri e Roma. E apenas uma
derrota, para Novak Djokovic, na final do Masters 1000 de Monte Carlo. O
espanhol chegou a Roland Garros com 36 vitórias em 38 jogos e uma
certeza: suas chances de triunfar em Paris já eram enormes, bem maiores
do que em fevereiro, quando, acima de tudo, desejava que seu joelho
respondesse ao esforço dos jogos da melhor maneira. Os resultados seriam
consequência.
- Se meu joelho vai bem, que razão tenho para não
acreditar que voltarei ao topo? Durante oito anos, estive em primeiro ou
segundo no ranking. Me atrevo a pensar que em sete meses não esqueci
como se joga tênis – afirmou Nadal, em fevereiro, contra aqueles que
duvidavam de seu potencial.
O espanhol, aliás, chegou a ouvir que o longo período em que esteve
ausente do circuito se deu por problemas com doping. Christopher Rochus,
tenista belga que levantou a suspeita, foi obrigado a ouvir uma
resposta à altura de seu comentário.
- Me fizeram nove exames (antidoping) neste período em que fiquei fora, o
que não é pouco para quem está parado. Que tornem públicos, então, meus
resultados – disparou Nadal, também no início de 2013.
Agora, o
espanhol não quer saber de ficar longe das conquistas. E o próximo
objetivo do espanhol é se preparar para vencer seu terceiro título na
grama sagrada de Wimbledon. Alguém ainda duvida?
Fonte: http://www.ahebrasil.com.br/noticias/2013/06/10/tenis/oitavo%2Btitulo%2Bde%2Broland%2Bgarros%2Bcoroa%2Bretorno%2Bavassalador%2Bde%2Brafael%2Bnadal%2Bao%2Bcircuito.html
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